12.27.2006

Cecilia Meireles



"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que nao ha ninguém que explique
e ninguem que nao entenda..."

Filha de Carlos Aberto de Carvalho Meireles, funcionario do Banco do Brasil S.A.; e de D. Matilde Benevides de Carvalho Meireles,professora municipal, Cecilia Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a unica sobrevivente dos quatro filhos do casal. O pai, faleceu trës meses antes do seu nascimento, e sua mae quando ainda nao tinha trës anos.
Criou-a, a partir de entao, sua avo D. Jacinta Garcia Benevides.

-------------------- -----------------------

Desde garotinha sempre gostei de poesia, mas so vim descobrir Cecilia Meireles,ja adulta. Ela tem algo de muito real , de maduro, naquilo que escreve. Ela mistura o sonho com a realidade e isso me encanta!

Murmurio

Traze-me um pouco de sombras serenas

Que as nuvens transportam por cima do dia!

Um pouco de sombra, apenas,

-Vê que nem te peço alegria.

Traze-me um pouco da alvura dos luares

Que a noite sustenta no teu coraçao!

A alvura, apenas, dos ares

-Vê que nao te peço ilusao

Traze-me um pouco da tua lembrança,

aroma perdido, suave da flor!

-Vê que nem te digo- esperança

-Vê que nem sequer sonho- amor!