12.31.2006

Feliz Ano Novo ! ! !

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas sao
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coraçao
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraido
Devia Ter complicado menos
trabalhado menos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraido

(Sérgio Brito)

Essa musica me faz pensar em Canoa Quebrada...
La, eu vivia assim e era tao feliz!

O meu desejo para o ano que começa, entao, para mim e para todo mundo, é que vivamos assim
Deixar o acaso nos proteger!
O Acaso, no fim das contas é Deus.

Feliz Ano Novo!!!!!

Feliz Ano Novo ! ! !


Chego ao fim de um ano que me marcou muito. Passei por situaçoes dificeis, muito dificeis às quais nunca pensei em passar aqui na França.
Mas as "situaçoes dificeis", (estou sempre passando por elas,rs) me fizeram crescer ainda mais e vao continuar fazendo,pois a vida é feita de felicidade e de "situaçoes dificeis". A magica, é aproveitar tudo o que acontece, e se enriquecer interiormente e tentar melhorar sempre.
Mas sem fazer dramas, se deixar levar, sem medo.E excolher ser feliz!Mesmo com as "situaçoes dificeis" isso é possivel!!!
Como diz o grande escritor e médico, Barefoot Doctor:

"Je peux, moi comme vous, m'abandonner à la douleur ou à la joie. Et en effet, la vie est faite de moments dramatiques et de moments heureux. Focalisez votre douleur, et elle grandira au point de prendre toute la place, et vous, souffrirez à coup sûr.
Focalisez votre attention sur le bonheur et le bonheur grandira au point de prendre toute la place, et vous serez libéré de la douleur. Et cela est vrai quelles que soient les circonstances."

12.30.2006

Onde Deus Possa me ouvir


Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair, chegar la fora e encontrar alguém
Que nao me dissesse nada
Nao me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo, um ombro
Onde eu desaguasse todo o desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos sao de ninguém
Sabe o que eu mais quero agora?
Morar no interior do meu interior
Pra entender por que se agridem
Se empurram pr'um abismo
Se debatem sem saber
Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leva pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu nao consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Adeus.

12.28.2006

Desabafo

Bem, acho que aqui é mesmo o meu lugar.
Aqui posso escrever nao importa o que. Estou à vontade com minha solidao. O no na garganta também, mas nao faz mal. O importante é botar pra fora, mesmo se faço êrros gramaticais.
Nao me preocupo com isso.

Essa noite eu sonhei com você Bianca.
Sonhei que estava chegando numa cidade do Brasil, nao sei qual. So sei que fazia calor e havia muita gente na rua. Em frante ao mar, você estava sentada na calçada, fazendo os deveres da escola. Você tinha 10 anos. Tenho certesa que era em Canoa,quase certeza.
Eu corri pra te abraçar e caimos as duas no chao. E começamos à rir, Bianca.
De repente, chegou uma garotinha, pequena, uns 3 anos. Ela tinha os olhos tristes e a boca suja de canela em po. Ela tinha um grande laço de fita na cabeça e um sapato de verniz branco. Você abraçou a garotinha.
E eu perguntei se você podia tomar conta dela e você respondeu que sim.
So quando acordei é que me dei conta, que a garotinha do sonho era eu, quando pequena.
Sonho maluco...

Ontem quando falei e te vi no msn, senti muita emoçao.
sensaçao de proteçao.
ha, minha filha, nao ligue para o que estou escrevendo. Sao apenas "devagaçoes" de uma mae com saudade.
é apenas a amargura ,
de uma mulher insegura.
Me perdoa, Bianca.
Quando lembro daquele dia, que cheguei tarde, muito tarde na escola
perdia completamente a hora
e você tinha os olhos vermelhos de tanto chorar, me arrepio e tenho vontade de morrer,
por ter te feito sofrer.
perdoa minha ausência
minha inconsequëncia
Me perdoa por você ter escurregado das minhas maos antes do tempo
Eu tanto lamento...
Me perdoa por ter te deixado partir assim tao cedo, da minha vida
Querida...

12.27.2006

Cecilia Meireles



"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que nao ha ninguém que explique
e ninguem que nao entenda..."

Filha de Carlos Aberto de Carvalho Meireles, funcionario do Banco do Brasil S.A.; e de D. Matilde Benevides de Carvalho Meireles,professora municipal, Cecilia Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a unica sobrevivente dos quatro filhos do casal. O pai, faleceu trës meses antes do seu nascimento, e sua mae quando ainda nao tinha trës anos.
Criou-a, a partir de entao, sua avo D. Jacinta Garcia Benevides.

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Desde garotinha sempre gostei de poesia, mas so vim descobrir Cecilia Meireles,ja adulta. Ela tem algo de muito real , de maduro, naquilo que escreve. Ela mistura o sonho com a realidade e isso me encanta!

Murmurio

Traze-me um pouco de sombras serenas

Que as nuvens transportam por cima do dia!

Um pouco de sombra, apenas,

-Vê que nem te peço alegria.

Traze-me um pouco da alvura dos luares

Que a noite sustenta no teu coraçao!

A alvura, apenas, dos ares

-Vê que nao te peço ilusao

Traze-me um pouco da tua lembrança,

aroma perdido, suave da flor!

-Vê que nem te digo- esperança

-Vê que nem sequer sonho- amor!

12.23.2006

Natal

Natal

sensaçoes de felicidade imensa,vem na minha memoria e ainda posso sentir tudo o que se passava comigo quando criança.
Tudo começava com a famosa frase que mamae repetia todos os anos: "outubro é o mês que abre as portas para o natal" .
Quanto mais ia chegando perto, a alegria ia aumentando.
Eu escrevia cartinha para o anjinho pois papai sempre disse que papai Noel nao existia (nao acreditar no papai Noel, era uma grande frustaçao pra mim.
Uma certa noite , minha prima me contanto super exitada que havia visto o papai Noel na sala e eu sorrindo sem graça, pois sabia que nao era verdade)
Mamae preparava o presépio, fazia a gruta com papel molhado e cola, e era a alegria suprema, ajudar a armar o presépio e a arvore de natal, com as bolas de varias cores relusentes, onde eu e meus irmaos encostavamos o reosto contra elas e morriames de rei com o resultado, pois as bolas transformavam nossos rostos.Quando caia uma no chao e quebrava, era sinal de boa sorte!
Todos os anos minha madrinha ia na minha casa dar o dinheiro que era o meu presente. O tédio da visita dela e a alegria de ir depois com mamae no centro da cidade comprar a roupa nova, dos pés à cabeça! As luzes, as pessoas contentes andando apressadas nas ruas, a chuva inesperada, o lanchinho, na confeitaria Colombo
Tudo isso fazia parte!
No dia 24, eu e meus irmaos quebravamos nozes com martelo, sentados no chao, para o bolo de natal.
Ir à missa do galo, meu sapato de verniz branco, sentar no banco da igreja, e olhar o grande presepio! Voltar pra casa com sono, mas feliz, muito feliz!
a ceia, papai sempre lia um trexo da biblia e depois comiamos todas aquelas coisas gostosas.Ainda posso sentir o cheiro da carne assada. Iamos dormir e o sono ia embora.Eu expremia meus olhos e escutava os passos do meu pai e o barulho dos papeis de presentes.Fingindo dormir, com o coraçao tremendo de anciedade.Mas eu era fiel e acabava por dormir. Na manha seguinte, a grande surpresa, o embrulho, bem ali na minha cama! Abrir o presente (quase nunca ganhava o que havia pedido, mais a felicidade era a mesma).
Crianças e adolescentes ainda de pijama, compartinhando na sala os presente.
Um homem sentado na mesa e sorrindo.
Uma mulher de cabelos lisos cantando "Chegou o natal".
Isso era felicidade!

12.22.2006

Solidao


"O solitário leva uma sociedade inteira dentro de si: o solitário é multidão. E daqui deriva a sua sociedade. Ninguém tem uma personalidade tão acusada como aquele que junta em si mais generalidade, aquele que leva no seu interior mais dos outros. O génio, foi dito e convém repeti-lo frequentemente, é uma multidão. É a multidão individualizada, e é um povo feito pessoa. Aquele que tem mais de próprio é, no fundo, aquele que tem mais de todos, é aquele em quem melhor se une e concentra o que é dos outros.
(...) O que de melhor ocorre aos homens é o que lhes ocorre quando estão sozinhos, aquilo que não se atrevem a confessar, não já ao próximo mas nem sequer, muitas vezes, a si mesmos, aquilo de que fogem, aquilo que encerram em si quando estão em puro pensamento e antes de que possa florescer em palavras. E o solitário costuma atrever-se a expressá-lo, a deixar que isso floresça, e assim acaba por dizer o que todos pensam quando estão sozinhos, sem que ninguém se atreva a publicá-lo. O solitário pensa tudo em voz alta, e surpreende os outros dizendo-lhes o que eles pensam em voz baixa, enquanto querem enganar-se uns aos outros, pretendendo acreditar que pensam outra coisa, e sem conseguir que alguém acredite.

Miguel de Unamuno, in 'Solidão' "




E olha eu aqui sozinha.
Agora, estou com aquela solidao que até gosto.
Mas ainda a pouco , no meio da correria, no meio da alegria do natal, me veio um outro tipo de solidao.Eu a conheço desde quando era criancinha.E ela continua a me perseguir.
Pois é, no meio da alegria, ela chegou. A parede começou a rodar,minha mao querendo pegar o telefone,o desespero.
Mas eu ja sei porque ela chega assim de repente.ela chega quando nao estou bem.Ela vem com uma mistura de tristeza, e saudade, com sentimento de solidao e medo.
Como Artur da Tavola, ja disse com relaçao à saudade, existem tambem varios tipos de solidao.
-A solidao gostosa:
Quando estou sozinha, sem ninguem por perto, porem me sentindo bem.Aproveito livros, musicas, poesias, internet.Posso estar comigo mesma.
-A solidao apavorante:
Quando nao estou bem. Sou capaz de ligar até para pessoas que conheço so superficialmente, se nao tiver algum amigo por perto.
Capaz de sair correndo pra rua e andar por horas.Pegar o ultimo ônibus e andar nas ruas de St jean,(tem muita gente la), so pra me sentir segura.
-A solidao cruel:
A que sinto as vezes, quando estou rodeada de gente.Aquela sensaçao de ser uma estranha.
-A solidao real:
Hospitais, asilos de velhos, prizao, clinicas psiquiatricas. Esperar a visita que nunca vem.
-A solidao destruidora:
Duas pessoas que se amam (?) diante de uma televisao.
Tantas coisas para dizer e a boca colada, costurada. A vontade de esticar a mao de abraçar, e o corpo paralisado, os braços que nao se abrem.




Inverno Infinito

Olho no espelho e nao vejo mais a menina que sou
Sento ao seu lado e nao pegas na minha mao
Ando nas ruas sem rumo e me perco
Nao faz mal, o que importa?
Teu amor é como gêlo
Meu olhar ficou triste
Porque dele roubastes o brilho
Minha boca ficou muda
Porque dela roubastes o riso
Roubastes minha dança
Roubastes minha juventude
Roubastes minha primavara
Roubastes até minha cançoes
Tu es como um inverno infinito
Tao frio que congelas as estaçoes

(Celeste)

12.21.2006

L'amour est-il une maladie?

Qu' est-ce qui est "normal en amour? De ne jamais avoir perdu la tête? De n'avoir jamais eu "besoin" de l'autre? De n'avoir jamais pensé à lui, jour et nuit? De garder l'appétit? De ne pas ressentir de manque quand il est loin, quand il s'en va? De mener une vie conjugale sans vagues, sans histoire, sans risque?
Ou encore de pouvoir continuer à "gerer" sa vie (verbe affreux en amour, non?) avant et après la rencontre, comme si rien ne s'était passé?
Et dans ce cas, serait-il "anormal" de brûler raidi par l'émotion, à l'idée d'un rendez-vous? De passer des heures à hésiter entre deux robes, pour lui plaire? De ne rien pouvoir avaler? De ressasser les mots qu'on aurait pu dire, les gestes qu'on aurait dû faire? De dormir mal? De guetter le facteur comme le Messie? D'aimer très fort au point de devenir un autre? Au point de voir ses principes, sa morale, ses priorités voler en éclats.
Au poin de tout remettre en question, même ses parents, même ses enfants. Au point de croire qu'on aimera cet homme toute la vie et... que soit vrai.
La passion est-elle un signe de vitalité et de bonne santé? Est-elle la preuve que nous savons aimer? Ou bien révèle-t-elle qu'une névrose nous travaille en secret? Même les psychanalystes sont partagés. Certains voient la passion comme une simple hypertrophobie du sentiment amoureux. D'autres pensents qu'elle n'a rien à voir avec l'amour et que, pathologique, elle s'enracinerait dans des traumatismes infantiles non décelés.

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E hoge, você me fez chorar de novo.

Depois de tanta luta, de tudo...

Perdi minha dignidade. Nao tenho nenhuma vergonha na cara.

Queria morrer, so assim, me livrava de você.

Pra sempre.

12.20.2006

Meu nascimento

Quando meu pai soube que minha mae estava gravida de mim(o sétimo filho!) , ficou tao nervoso, que pegou o carro e saiu em disparada, provocando um acidente com outro carro, cujo o proprietario, tinha 14 filhos,o dobro dos dele.
Todos anciavam que fosse um menino (ja havia muitas meninas na familia),enfeitaram meu berço de azul,mas nasci menina.
Minha mae sofreu muito no parto,demorei dois dias pra nascer, e quando finalmente vim ao mundo, o médico ja cançado, disse brincando: "vamos jogar essa porcaria fora".
Um mês depois do meu nascimento, a empresa do meu pai faliu,ele perdeu tudo e teve que vender o carro.
Ele sempre contava essa historia rindo, sem saber o quanto me magoava.
Apesar das minhas lembranças de infância, serem de proteçao e carinho, cresci com a sensaçao de que nao devia ter nascido, ou que cheguei tarde de mais.