Queria ter a paz simples, do viver simples, de ter e ser simples.
Queria cuidar da minha cazinha e regar as flores das minhas lembranças
Queria o mundo da minha infância
Onde tudo era tao seguro, onde os adultos ainda eram vivos

Fazer tudo com amor e calma
Cuidar dos meus filhos…ai, que dor n’ alma
Eles cresceram tao de repente
Me olham como quem diz « ja sou gente »
Passar roupa vagarosamente,
Sentir o cheiro bom vindo da cozinha
E so por isso ficar contente
E a noitinha,
me sentar na varanda e ver
As estrelas e a lua
Comtemplar o vazio da rua
Com a certeza que amanha o sol vai nascer

(Celeste)

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